terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

Caminho anti-distopia
A distopia ou a utopia negativa, o atual galho da árvore utópica, utiliza-se do romance para refletir sobre um mundo prodigioso em suas obras, mas cujo sentido escapa à nossa compreensão e humanidade. A distopia é atual porque reflete o pesadelo em que vivemos.
São distopias 1984, de George Orwell e Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley, e alguns romances de H.G.Wells. As sociedades distópicas são essencialmente aquelas nas quais o Estado absoluto, utilizando tecnologias avançadíssimas, controla a vida e as mentes de seus cidadãos. Numa fórmula, as distopias mostram sociedades nas quais o Estado suprimiu a História e as individualidades. A História, porque o Estado dispõe de soluções para problemas ainda não manifestados, impedindo a população de usufruir o desconhecido e do não-administrado. É um mundo de regras, não de experiências humanas – daí a supressão das individualidades. O Estado distópico se concebe como perfeito, pois não pode ser alterado para melhor ou para pior. É perfeito em si, em sua monstruosidade. Tudo observa e administra, e pode reescrever o passado (1984) ou impedir o futuro, como em Minority Report, o recente filme de Spielberg. A distopia é a metáfora do ...
Carlos Eduardo Ornelas Berriel é professor do Departamento de Teoria Literária e coordena um grupo de pesquisadores do Instituto de Estudos da Linguagem (IEL) da Unicamp no projeto “Renascimento e Utopia”.

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007

fevereiro de 2007




Técnica: Nanquim sobre papel / Autoria da Clá